Marcio Rufino lança Emaranhado

Dezesseis anos depois de lançar seu primeiro livro de poesias Doces Versos da Paixão pela kro-art, selo da editora Lítteris, o ator, poeta, escritor, arte-educador e quebradeiro Marcio Rufino, lança seu segundo livro Emaranhado pela editora Maple. O lançamento será na noite de 31 de maio no Sarau Donana, evento cultural apresentado pelo coletivo Pó de Poesia do qual o artista faz parte.

Segundo o também poeta e crítico literário Tanussi Cardoso:

“Há no livro Emaranhado certa dualidade, em relação ao que chamamos vazio da realidade, como se, ao mesmo tempo, o poeta (ou seu personagem? já que estamos falando, também, de alguém que vive o mundo do teatro…) tivesse em sua dimensão a certeza de que se está só, mas, igualmente, a sensação de que não se está só.   Essa solidão – qualquer que seja, e venha de onde for – sintetiza a expressão íntima da busca do prazer – seja que nome dar a esse prazer.”

Já a poeta e professora de Literatura Ivone Landim, responsável pelo prefácio da obra afirma:

“Assim vem o poeta; um tanto de prosa no poema e um outro de poema na prosa, não termina dando ao seu texto um seguimento de uma fala suspensa entre instante que se entrelaça. Assim é o poeta Marcio Rufino, grande e eloquente, em seu livro Emaranhado faz trama entre o drama e a piada, entre a pureza das linhas e as palavras agigantadas como um discurso que ordena uma criação profundamente pessoal. Rufino é genuíno no que escreve e sua escrita pretende conduzir o leitor para um outro lugar, nas entrelinhas das emoções que harmoniza e se expande para a razão com os fatos, com os atos.”

Mas é o próprio ator que diz na contra-capa do livro:

“O caos interno de sentimentos, imagens, ideias e emoções de um ser-humano que vasculha, que busca em questões mal resolvidas e na diversidade cultural o sentido de todas as coisas é o mote principal deste livro. Um emaranhado mutante e dinâmico que de uma forma anárquica procura transgredir em cada poema todos os conceitos estéticos da palavra; servindo também de grande alegoria à agonia da sociedade e à angustia do homem contemporâneo, cujas inquietações se entrelaçam formando um só mosaico onde a magia do lúdico se funde com a aspereza do real.

Marcio Rufino é quebradeiro da 4ª edição da UQ.