O Romantismo invade o salão

Arte e cultura romântica foram o tema da aula do dia 31 de maio.

Para falar sobre a cultura e a arte no Romantismo, a Universidade das Quebradas recebeu as professoras Cláudia Matos e Beá Meira. A primeira abordou o nascimento do período, resgatando os ideais iluministas e o conteúdo da literatura e poesia romântica. Já a segunda trouxe mais um pouco de artes plásticas, falando sobre os grandes pintores, como Goya e William Blake, e suas técnicas.

O Romantismo foi um movimento não só artístico, como também político e filosófico, que surgiu na Europa nas décadas finais do século XVIII e terminou no século XIX. Segundo Claúdia, não se pode falar sobre esse período sem antes entender a Revolução Industrial, o Iluminismo e a Revolução Francesa, uma vez que os ideais românticos se opunham à racionalidade vigente no período. “O Romantismo tem um lado individualista, mas não é o individualismo burguês, por que ele tem uma subjetividade social também”, afirmou.

A professora e autora falou também sobre as matrizes da crítica à Razão iluminista, citando pricipalmente Immanuel Kant e Jean-Jacques Rousseau. Ambos apontavam os problemas na sociedade, como na frase célebre de Rousseau: “ O homem é bom por natureza. A sociedade que o corrompe”, citou Cláudia. Para os artistas românticos, a natureza era o que estava no âmago, o mais profundo de seus seres: “O Romantismo vai buscar a inspiração na natureza e na subjetividade”, concluiu.

Já Beá mostrou aos Quebradeiros as influências dos pintores românticos e suas obras de arte – como, por exemplo, a pintura de Goya, um dos maiores expoentes dessa geração, Os fuzilamentos de três de maio. “Nesse quadro, pela primeira vez não estão mostrando os vencedores, mas sim os vencidos”, disse. Outro quadro que despertou o interesse de todos foi o quadro do pintor e escritor William Blake, em que “o não-humano na representação do homem era apresentado”. Além desses, Beá falou do pintor que melhor retratou o Brasil no período e que estampa os livros de história até hoje, Jean-Baptiste Debret: “ Ele foi tomado pelo espírito Romântico no Brasil. Ao ver a escravidão no país, ficou muito emocionado e surpreso”.

Em um segundo momento, Beá separou os alunos para, em grupo, debaterem imagens e textos sobre o Romantismo. O resultado foi uma animada discussão sobre a estética desse momentos histórico e uma apresentação cheia de cultura e sabedoria, palavras-chave das Quebradas!