Tassia di Carvalho escreveu sobre o quebradeiro Cirlan Souza de Oliveira no Jornal o Dia

Projeto Morrinho sobrevive recriando em tijolinhos a realidade dos morros cariocas

Escondida no meio da comunidade Pereira da Silva, em Laranjeiras, existe uma réplica de tantas outras que mostra problemas comuns e sonhos partilhados. A 500 metros da sede do Bope, em meio a uma grande área verde, o Projeto Morrinho sobrevive recriando em tijolinhos a realidade dos morros cariocas.

A instalação está sendo construída há 16 anos por Cirlan Souza de Oliveira, de 32. “Meu irmão e eu começamos como brincadeira e os amigos ajudaram. Nunca imaginamos que fosse ficar tão grande.” Ele conta que o projeto chegará a 600 m² em breve. “Estou construindo um Maracanã e depois faremos um Pão de Açúcar.” Meticulosamente, pintando tijolo por tijolo, ele ergue seus novos painéis e treina as crianças da favela na arte.

A falta de apoio ficou para trás com a chegada dos turistas para ver a obra, que ele faz questão de manter sem incentivo oficial. “Não tenho rabo-preso com ninguém”. O Morrinho se sustenta com a venda de lembrancinhas. Apesar das dificuldades, Cirlan foi reconhecido internacionalmente. Entre seus prêmios está o de ‘Melhor Obra e Arquitetura Urbana Já Conhecida Fora do Brasil’, na 52ª Bienal de Veneza, em 2007.

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Tassia di Carvalho é quebradeira da 4a edição da UQ
Foto:  Carlo Wrede / Agência O Dia